SOLEDADE
O vento sopra a saia dela, sutilmente,
lá no riacho... e ela estava a pensar...
Com o seu corpo sensual, mais atraente
e a sua saia o desenhando sem parar...
As águas correm em seu leito, devagar,
ela olha a corredeira e, deslumbrada,
vêm os suspiros de carência e saudade
do amor que em seu peito palpitava...
Estava sentada em uma pedra do ribeiro,
o sol fraquinho esquentava o seu corpo,
que acordou do belo sonho verdadeiro...
Os reflexos de luz agitam os pássaros,
que em seus ninhos se despertam a cantar...
Ela se despede da beleza e... vai saindo devagar.