Ave'nida

Há viajar pela nua avenida

De estrelas tantas e outras vidas

De auroras plenas de partidas

A melancolia de perder um laço

De morrer um dia

De temer cansaço

De não ter valia,

Faz doer na base

Faz sentir ferida

A ausência tanta

De outra ave’nida.

Ah! Viajar pela sua avenida

E não ter cansaço

Ser o seu espaço

Ser sua outra vida,

Faz sentir vontade

De não ter idade

E ser do todo, o todo.

Sendo só metade.

Sendo a lua torta

De uma rua morta:

Ser a sua estrela,

Nada mais importa.