De viver, obrigada
Laços, lenços,lições.
Épocas sem ápice, mas cheias de frizz.
Frisson.
Acabaram-se os mantos,
romperam-se os laços,início e fim de tudo.
Cada vez mais natural,
me prostro entre as flores,
mas elas me acham estranha.
perdi meu chão, perdi meu não, fiquei sem ar.
Mas não posso parar.
Meu caminho é de sol e chuva.
De sereno e madrugada,
de amor e ódio.
Intenso.
Interno.
Íntimo.
Inato, sem nexo, sem mito ou mato.
Morro, mas ainda vou cantar uma vez mais.
Não quero as perdidas ilusões,
quero as verdades de um sonho maior.
Quanto menos, mais me coloco,
quanto penso, mais me prostro.
E se não doessem meus pés e meus joelhos?
E se eu pudesse ser mais um pouco de mim mesma
sem ter que explicar isso?
É que quanto mais eu tento me explicar, mais confusa me vejo.
E também eu não entendo porque tenho que me explicar,
ninguém se explica pra mim.
Mas também fico mais confusa quando se explicam.
Se eu morresse de uma morte inocente,
seria tão doce quanto cantar ao silêncio,
com voz de vento ou de mar.