DEVANEIO E ESPERANÇA
Perdido em devaneios, contemplo a rosa distante,
Em meu peito aperta a dolorosa saudade,
Fazendo-me sonhar com o mais doce instante,
Quando contemplaremos nossas faces em totalidade.
Arrependo-me por escolhas feitas no passado,
O que me privou de sua adorável presença,
Colocando mim num exílio amargurado,
Condenando-me cada vez mais a sua ausência.
Às vezes pergunto se novamente estarei ao seu lado,
Mas no momento só tenho o vazio do meu existir,
Flutuando no turbilhão do exílio angustiado,
Ansioso pelo dia em que daqui irei partir.
Feliz o dia em que a contemplarei em plenitude,
E a alegria renascendo em meu peito,
Fortalecendo-me em meio a sua virtude,
Sentindo em seu terno abraço o calor de seus seios.