Invisível

Invisível eu sou,

Mas não me imponho

E nem guardo rancor.

Prefiro o descaso

De nem ser notado

A implorar amor.

Não é novidade

Sentir-me sozinho

Em meio a multidão.

Mas não me humilho,

Não rastejo nunca

Pra ter atenção.

Não quero sucesso,

Não quero amizades

Se não natural.

Pois por interesse

Só há falsidade.

Isso pega mal.

Fingem não me ver,

Julgam-me um pobre coitado.

Não sei o que pensam de si,

Mas eu lhes garanto

que estão errados.

Não preciso que digam,

Que gritem bem alto

Que tenho valor.

Essa é uma função

Que só cabe a mim

Com meu interior.

Crio o meu mundo,

Faço acontecer,

Atinjo a minha meta.

Tenho bons amigos

E a mulher dos sonhos,

Eu sou um poeta.

Valviega,18/11/15

Valviega
Enviado por Valviega em 02/03/2016
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