CHUVA DE CARINHO
Desliza em mim teu olhar me desnuda
Como águas calmas do silêncio no leito
Escorre-me suavemente meu corpo aderente
Mansamente inundando meu peito
Irrigando as horas d’u solidão fremente
Um caminho pedregoso abundante
Frutos de um pomar de carências
Que sacia a fome de famintos de amor
Um caminho lindo de flores e frutos
Alivia tensões, com carícias numa busca de amor.
Nas estradas insones de solidão sem direitos...
Numa estrada vazia caminho sozinho
Sou como borboleta buscando uma flor
Lá fora uma brisa me afaga beijando co’ amor
Qual chuva de verão cai nos braços de ternura
Exalando cheiro de terra, de u’a terra sedenta.
Cai sobre mim como chuva... Que alivia e rega
Fazendo nascer à semente d’ uma paixão cega
No florescer dos dias de uma viçosa primavera.
Fevereiro/2016
MargarethDSL