Estrangeiro em mim

Estrangeiro em mim

Sou um estrangeiro

Em mim mesmo.

Não me traduzo mais,

Falta-me a língua

Para interpretar-me.

No tecido da minha vida,

As manchas do vinho,

Tingem de tinto os olhos.

E as mãos imóveis apoiam

A cabeça e o peso da vida.

A transparência da taça

Adormece no silêncio do só.

E o relógio vai engolindo

A madrugada Imensa,

Na finitude do tempo.

Os pensamentos tão cansados

De existirem, reinventam-se,

Mas já não têm forças para ir.

Eu, então, levanto a bandeira

Branca da minha paz!!

MAReis
Enviado por MAReis em 21/02/2016
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