Dias de solidão

Os dias morrem mais cedo

No frio campo em sobriedade.

A taça da solidão se enche

E nos oferece o amargo

Momento eloquente.

Sentimentos tácitos, Ignescentes.

Emenda dor, silencio, negrume.

Destelha o céu azulado

E a mercê da inércia,

Fica o frívolo desejo.

Nem o nômade astro

Mostra compaixão.

Ironiza com mesquinhez

O brio tênue do espírito.

Na face petrificada,

A omissa rosa vermelha,

Deixa um finito beijo.