AO REDOR

Ouço vozes

sinto respirações

alguém me toca

mas ao redor

nada

apenas eu

no recinto

É assim

a solidão,

escolhida,

acontecida,

não importa,

os outros

farão falta

em algum instante

Eu resisto

o quanto posso

às lágrimas

que molham os olhos

mas elas emergem

com delicadeza

e a vista embaraça

Não há tempo perdido

há passado,presente

daqui a pouco

sempre o futuro

A visão turva

mistura-se

às recordações

antigas,novas,

de ontem!

E o tempo segue

passando

em meio

a esse embaraço

ignorando-o

Já é depois

as lágrimas secaram

Vozes,toques

respirações

perderam-se

na imaginação

NINFEIA G
Enviado por NINFEIA G em 09/02/2016
Código do texto: T5538421
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.