INDIFERENÇAS

Por quem me tomas ó solidão

Que me leva como queres?

Que me conduz, que me feres

...Ao teu mundo de ilusão?

Tristezas, fracassos,

Decepção, tormento

E não há um só momento

Em que eu saia dos teus braços!

Afagos baratos que em chegam,

Prazer só por si, sem reação!

Assim me têm e me negam

E deveras me entrego, sem doação!

Tantos fatos, tantos quartos!

Gente febril e louca

Nossa! Quando carne porca!

Pingando de boca em boca

Prazer mensurável, temporizado,

Que apenas dura o breve agora

Despede-se indo apressado

E ao regresso vazio, a solidão apavora.

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Poeta Urbano - Camaçari - Ba

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 04/07/2007
Reeditado em 05/07/2007
Código do texto: T552559
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