INDIFERENÇAS
Por quem me tomas ó solidão
Que me leva como queres?
Que me conduz, que me feres
...Ao teu mundo de ilusão?
Tristezas, fracassos,
Decepção, tormento
E não há um só momento
Em que eu saia dos teus braços!
Afagos baratos que em chegam,
Prazer só por si, sem reação!
Assim me têm e me negam
E deveras me entrego, sem doação!
Tantos fatos, tantos quartos!
Gente febril e louca
Nossa! Quando carne porca!
Pingando de boca em boca
Prazer mensurável, temporizado,
Que apenas dura o breve agora
Despede-se indo apressado
E ao regresso vazio, a solidão apavora.
Todos os direitos reservados autor
Registrado na FBN - Fundação Biblioteca Nacional
Poeta Urbano - Camaçari - Ba