Dueto: Os Peregrinos do mundo!
Por vezes a solidão me abraça
Trazendo a tona sentimentos esquecidos
Por vezes essa pressão me cala
E a mente não passa de um quadro retorcido
A visão turva de meus devaneios
A memória de um rosto familiar
Envolto de tantos receios
Saudades de quem pude amar
Eu agora estou só
E no escuro não me ensinaram a dormir.
Na saudades dos tempos outrora
Me lembro de todos, menos de mim
E por mais que a vida me pareça ser
Uma aventura sem graça
Não haverias razões de viver
Sendo meu sorriso uma grande farsa
Sou peregrino profundo
E poeta de veredas
Porém, sozinho no mundo
E refém das incertezas
Com saudades do canto macio
Que ouvia pelo vento
Hoje preso a este vazio
Do qual nunca me desprendo
Pois quando lembro do passado
Vejo em meu rosto apático
Os dias que ainda virão.
Me torno assim amargurado
Por notar que estava claro
Que ao meu lado só esteve
A minha eterna solidão.
Este texto foi produzido com a participação de uma parceira compatível, Sabrina Baracho