NUVENS DE MADRUGADA

Não quero fazer conta,

não quero fazer de conta.

Não quero fazer "ponta"

Não quero solenidade

quebrando afinidade

Detesto a ausencia da verdade

Não quero saber do tempo certo,

Da etiqueta da validade

Sempre usei o entretempo

Amo o famoso ainda em tempo

Detesto quem conta o tempo que faz o lamento

Onde tudo tem seu tempo - incerto

Detesto quem faz da vida um deserto

Detesto quem me desaponta

E o dedo em riste me aponta

comigo por perto

Detesto o olhar vazio, frio

Que fere o meu brio

Que me deixa boqueaberto

descortinando a realidade

nublando a felicidade.

Turvando meu olhar esperto

Nas páginas de meu livro aberto.

Autor - Luiz Bento.

Data - Hoje, agora, nesse momento, de improviso.

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 17/01/2016
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