CINZAS DA SOLIDÃO
Sonho de doce paixão, você partiu meu coração,
Fazendo-me viver um tortuoso destino,
E condenado a vagar por dolorosa estrada sem carinho,
Mostrou-me o feliz horizonte de ilusão.
Tiro de dentro do peito a melancólica emoção,
Lúcida verdade dos amores do passado,
Onde a felicidade reinava num coração apaixonado,
Em que agora só existes as cinzas da solidão.
Na penumbra da existência escrevo versos em minhas feridas,
Em busca de uma evasão e das rimas da alegria perdida,
Que formariam o lindo soneto de amor.
Onde quer que eu vá, tentarei escrever versos puros,
Mesmo que à deriva e esteja vagando no escuro,
Não me importarei com as feridas abertas em dor.