HORIZONTE NUBLADO
Ser solitário de essência nublada,
Vagando por doloroso caminho,
Triste, pela alegria abandonada.
E no peito, a solidão em espinhos.
O sol em suas costas a brilhar,
No horizonte, antagônica tempestade,
Que o leva como nau perdida a vagar
Pelos campos cinza da saudade.
Melancolia, doce refeição,
Pois o faz lembrar-se do feliz passado,
Onde em juventude havia uma aura de paixão.
E hoje com o coração amargurado,
Lamenta o irracional desatino
Do perverso algoz, o triste destino.