PASSEIO AO CEMITERIO SANTA ISABEL

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A noite caminhava lado a lado comigo

as estrelas não brilhavam naquele mundo inimigo

até ao amanhecer

ninguém vi a sofrer

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ouvia o cantar das corujas

vi também assombração dos espíritos maus

só havia sombras negras

quando ardiam sem queimar os pneus

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A bem dita rainha Santa Isabel

era linda viva em nome porém,morta no papel

guardou o seu sorriso das trevas para mim

Eu temia ao ver, parecia meu último respirar meu fim

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Os fantasmas rezavam

pelos cadáveres recém mortos

seu sangue eles sugavam

havia das trovoadas os prantos

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a final esse inferno não é santo

cá vivem almas sem sentimento

santo é o nome

o resto passou a ser um infame

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nasceu a luz do dia

os bichos medonhos foram esconder-se atrás da pia

lá a sombra os aconchega e a luz do sol poucos os arrepia

e a vingança vem com novo capítulo ao fim do dia

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chega à noite das minhas músicas

tristes dos meus sonhos mortos

minhas vidas mórbidas

temem ser enterrados sem esperança nos olhos

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o día e o a noite aqui são iguais

por fora as paredes do cemiterio parecem Santas

cá vivem mortos anormais

cá vivem como selvagens animais

A maldade partiu da infância do mundo

Porém a brucharia e a ciência moram juntos

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(quinto)

Richard Priminta

13/01/16

Moçambique

Richard Priminta
Enviado por Richard Priminta em 15/01/2016
Código do texto: T5511725
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