Alma com insônia

Você me chama em meio ao sono
para dizer que sou um sonhador.
Que tenho ares de artista,
de poeta sofredor.
Alguém que com a vida,
tenta escrever a própria história.
E em meio a tanto sofrimento,
tentar descobrir caminhos de vitória.
Me reconheço em seu elogio,
mas não sei se mereço as glórias,
pois sou pedra bruta, sou puro espinho,
alma manchada pelas dúvidas do agora.
Mas ao mesmo tempo sinto-me menino,
criança confiante nos braços do pai, e que chora.
Chora a vida que se vai, sem ao menos ter respostas.