Perdida no tempo

Acordei, vi, li, e me perdi no tempo,

Que dia é hoje? Não mais importa...

É só mais um dia, sobrevivo, tento,

E percebo essa vida, meio torta.

Sem o doce que queria, sem sabor,

Sei que há pior, então me aquieto;

Feito um pensamento cheio de dor,

Me aposso, reclusa nesse meu peito.

Tanto pra ser feito mas parei ao acordar,

Meu defeito, é não ter jeito, e só versar;

E a dor no peito, é por não dever rimar,

Mas me ajeito, na tristeza de um olhar...

Que por inquieto contaminou o meu ser,

Que me fez esquecer o tempo, e o vento;

Não ver a tempestade nesse amanhecer,

E quando vi, já era tarde, pra esquecer...

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P.S: Aproveitando a deixa do poeta Gilberto, peço aos recantistas que ainda não leram o texto da Ana Bailune, 'CAMPANHA EM PROL DE MARCELO BRAGA' , que o façam, o assunto é sério, e creio que de certa forma o recanto é uma família, e que pode fazer o bem, para aqueles que também pedi, e ouviram, agradeço.