DOMINÓ

(SP,03-10-2002)

Pedras prontas e debruçadas, escolhidas ao acaso...

Delineiam sobre a mesa tortuoso emaranhado,

Quando encontram seus amores, se acomodam no destino

E se enganam sossegadas, desconhecem o labirinto!

Acostumam-se ao jogo... onde a regra é matemática...

O caminho pouco importa, o que vale é a temática:

Conjugar a igualdade rumo ao desconhecido,

Trajetória qual a vida,em que união é desafio!

Pedras fortes coloridas, outras quase esmorecidas...

São desejos se são plenas, se vazias fazem dó!

As que nascem conjugadas amenizam o caminho,

São quartetos em cruzadas, e desatam qualquer nó!

Mas ao término da jogada, afastada... sobre a mesa...

Há uma pedra abandonada pela sorte...muito só!

Dispensada na rodada,já se rende ao desalento,

Dessa sina do acaso...desse eterno dominó!