O vazio

O vazio

Ninguém sabe o tamanho do buraco que mora no meu

peito. Ninguém faz ideia o quanto dói este vazio que

aos poucos me destrói.

Nada poderá me acalmar enquanto não tiver aquilo

que de fato preciso.

Não será o meu amor que me fará sentir-me amado,nem o meu fervor

em não desacreditar no amor.

Olho nos olhos das pessoas, para por elas ser consolado

com apenas gestos desinteressados.

Ninguém imagina o vazio que me arrasta para

a mais profunda escuridão.

Sinto-me incompleto,um algo quebrado ao meio

que sem a sua outra metade não possui

mais utilidade.

As pessoas me julgam,me condenam mas não me põe algemas

me deixando livremente preso a uma forma sofrida,com uma ferida

que não sangra, mas que no fim se estanca em pancadas

dolorosas e maldosas.

O vazio desconcentra a minha percepção,essa imensidão

de infortúnio me traga de uma forma que me desarma sem

ao menos eu poder reagir.

As pessoas estão falando e de fato eu não estou escutando

elas estão gritando e surdo agora estou. Elas me perguntam

questões das quais eu já sei as respostas, porém elas não me

questionam,questões que adoraria selecionar.

O porquê do amor?,O porque de tanto sofrer?,

O porquê de amar e não ser amado?, O porquê de se estar em meio a multidão e

mesmo assim se sentir na solidão?, Se sentindo simplesmente só. O porquê de se encher de raiva, ódio, e se mantem vazio em um

vacúo sem ar.

Lucas Clementino.

Soan_Clementin
Enviado por Soan_Clementin em 30/12/2015
Código do texto: T5495545
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