O vazio
O vazio
Ninguém sabe o tamanho do buraco que mora no meu
peito. Ninguém faz ideia o quanto dói este vazio que
aos poucos me destrói.
Nada poderá me acalmar enquanto não tiver aquilo
que de fato preciso.
Não será o meu amor que me fará sentir-me amado,nem o meu fervor
em não desacreditar no amor.
Olho nos olhos das pessoas, para por elas ser consolado
com apenas gestos desinteressados.
Ninguém imagina o vazio que me arrasta para
a mais profunda escuridão.
Sinto-me incompleto,um algo quebrado ao meio
que sem a sua outra metade não possui
mais utilidade.
As pessoas me julgam,me condenam mas não me põe algemas
me deixando livremente preso a uma forma sofrida,com uma ferida
que não sangra, mas que no fim se estanca em pancadas
dolorosas e maldosas.
O vazio desconcentra a minha percepção,essa imensidão
de infortúnio me traga de uma forma que me desarma sem
ao menos eu poder reagir.
As pessoas estão falando e de fato eu não estou escutando
elas estão gritando e surdo agora estou. Elas me perguntam
questões das quais eu já sei as respostas, porém elas não me
questionam,questões que adoraria selecionar.
O porquê do amor?,O porque de tanto sofrer?,
O porquê de amar e não ser amado?, O porquê de se estar em meio a multidão e
mesmo assim se sentir na solidão?, Se sentindo simplesmente só. O porquê de se encher de raiva, ódio, e se mantem vazio em um
vacúo sem ar.
Lucas Clementino.