Sente-se
Sente-se! Pegue sua alma,
olhe para o mundo e veja a solidão,
ache sua vida em meio de ilusões,
seja apenas sua alma e não sua cobiça.
Ignore sua angústia por vida e felicidade,
sonhe com que é real e verdadeiro,
sinta-se como se eles não dominassem sua vida,
livre para ser o que é!
Viva sem a podridão de estar vivo,
espere a morte como se esperasse algo bom,
ansioso como uma criança, puro como uma,
como as almas que fedem no jardim dos deuses.
Jogue pela janela sua dor,
a raiva que alimenta aqueles que fedem,
deixem que se alimentem até morrerem,
deixem-nos em paz com nossas dúvidas.
Profetizamos, mentimos em falsos sonhos,
consigamos um lugar, num lugar sem vida,
sendo eternos sentimentos de nossos preconceitos,
cuspamos e idolatremos o maldito que nos domina.
Agora, levante-se!
Veja com sua raiva, o seu mal cheiro!
Jamais saberá o que digo pois tu fede,
cheira à podridão do mundo que constrói,
e a cobiça de uma raça que se julga,
mas que será julgada um dia.
Julgada por seu medo de se julgar.