Sente-se

Sente-se! Pegue sua alma,

olhe para o mundo e veja a solidão,

ache sua vida em meio de ilusões,

seja apenas sua alma e não sua cobiça.

Ignore sua angústia por vida e felicidade,

sonhe com que é real e verdadeiro,

sinta-se como se eles não dominassem sua vida,

livre para ser o que é!

Viva sem a podridão de estar vivo,

espere a morte como se esperasse algo bom,

ansioso como uma criança, puro como uma,

como as almas que fedem no jardim dos deuses.

Jogue pela janela sua dor,

a raiva que alimenta aqueles que fedem,

deixem que se alimentem até morrerem,

deixem-nos em paz com nossas dúvidas.

Profetizamos, mentimos em falsos sonhos,

consigamos um lugar, num lugar sem vida,

sendo eternos sentimentos de nossos preconceitos,

cuspamos e idolatremos o maldito que nos domina.

Agora, levante-se!

Veja com sua raiva, o seu mal cheiro!

Jamais saberá o que digo pois tu fede,

cheira à podridão do mundo que constrói,

e a cobiça de uma raça que se julga,

mas que será julgada um dia.

Julgada por seu medo de se julgar.

Fabiano (Maicha)
Enviado por Fabiano (Maicha) em 27/12/2015
Código do texto: T5492560
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