Paisagem

Qual meu passado acessível?

Cavei, busquei, mergulhei...

Qual a espessura da minha história!

Viagem essa fora da realidade bruTAL

Emolduradas às fantasias sútis,

o Tempo encontra minha voz

ora mulher, ora poeta..

Caminho por calçadas modernas

deixando para trás mosaicos,

paralelepípedos e quem sabe arquitetura gótica.

Chovendo, chuviscando, encharcada.

Até os ossos, deixando rastros..

Entre Bashos e Samurais pousei

Meus pés tocam o solo, cultura exótica,

Mistérios: língua que não sei decifrar

País que insisto recusar.

Pensamentos grafitados

Impressos em palavras

Os versos se perdem;

Uma mulher revirando paisagens

Espia o mundo lá fora.