Solidão



Acordei com o coração em pedaços.
Ferida aberta no peito,
no corpo um grande cansaço
e na alma um vazio infindo.


Sai à rua para tentar aliviar a dor,
mas tudo para mim era estranho.
Não sentia o calor do sol, nem mesmo ele
tirava-me a escuridão.


Mais uma batalha perdida
contra essa amarga solidão.
Que cada vez mais estreita o caminho
e me faz seguir tão só.


Um grito segue preso na minha garganta.
Meu ser, cansado de enganar-se que está tudo bem,
já não agüenta mais se saber tão só,
sem nenhuma chance de mudanças.


Que vida essa a minha!
Derrotada estou por esse vazio,
que me aprisiona, me cala os sentidos
e me obriga a aceitar essa tal solidão.




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Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 01/07/2007
Código do texto: T548600
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