Fragilidade.

Te quero hoje, estrada longa.

 Correr sim mas só da pressa.

Na melodia que não me canso

meu "na na na" se faz a letra.

Em minha mente, tempo regressa.

Sentir prazer, em ti garoa.

Fitar olhares de quem te evita.

Que se disfarce minha carência.

Tao fragil, mostrar-me forte

hoje em dia é arte ou sorte.

Todos tão sábios. E imutáveis.

Tão sérios. Inabaláveis.

Vendo como levianos

os que se achegam com leveza.

Os que buscam seus lugares.

No mundo. Nos seus pares.

Só por hoje mostrar-me forte.

Pela estrada. A mais longa.

El Moura
Enviado por El Moura em 15/12/2015
Reeditado em 26/12/2020
Código do texto: T5481014
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