Só a ventania entende nós dois
O pó se ajeita e cala-se.
Cômodos e partes minhas
proliferam desesperadamente.
Sempre me esqueço que há
respiração sua aqui, desde a
hora que me levanto, até o
escurecer.
Guardo tudo de você, suas
correntezas, lagos, marés.
Mas, num belo dia morreu de amor.
Sou agora exposto ao vento.
Um fênix sem as asas d’água.
Luciana Bianchini