PRISÃO DA REALIDADE
Perco-me em mim mesmo e não me encontro,
Não sei quem sou e nem para onde vou,
Mas me vejo vagando em meio aos escombros,
E caminhando em meio à tortuosa dor.
À beira da estrada vejo tristes palhaços
Cobertos de piadas, fugindo das tristezas,
Tentando encontrar-se em um contexto amargo,
Onde a alegria é disfarçada e sem a real beleza.
Já perdi o paraíso, que ficou inerte na aurora da vida,
Da janela de um prédio de metrópole, vejo o frio concreto
Da prisão da realidade, e me pergunto se há uma saída.
Não sei na verdade quem eu sou ao certo,
Mas em algum lugar há alguém chorando, de luto,
Refletindo sua dor e tristeza em um quarto escuro.