PRISÃO DA REALIDADE

Perco-me em mim mesmo e não me encontro,

Não sei quem sou e nem para onde vou,

Mas me vejo vagando em meio aos escombros,

E caminhando em meio à tortuosa dor.

À beira da estrada vejo tristes palhaços

Cobertos de piadas, fugindo das tristezas,

Tentando encontrar-se em um contexto amargo,

Onde a alegria é disfarçada e sem a real beleza.

Já perdi o paraíso, que ficou inerte na aurora da vida,

Da janela de um prédio de metrópole, vejo o frio concreto

Da prisão da realidade, e me pergunto se há uma saída.

Não sei na verdade quem eu sou ao certo,

Mas em algum lugar há alguém chorando, de luto,

Refletindo sua dor e tristeza em um quarto escuro.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 29/11/2015
Código do texto: T5464489
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