Meia Noite
Era meia - noite...
A chuva caia e meu sono havia me abandonado.
Um fantasma vago, invadia meu quarto na penumbra em forma de riso doce
Ainda tinha tantas coisas pra dizer
E tantas coisas pra viver, mas sempre se sufocavam.
O piano melodioso fazia companhia ao violino cadenciado.
Enquanto o vento majestoso também fazia parte da bela orquestra que fora criada para mim.
O frio invadia as frestas das janela,
E a cadeira de balanço ragia no piso de linóleo.
Eu esperava ansiosa que o livro terminasse
E o chá de Framboesa esfriasse e sucumbisse ao frio eterno que se encontrava também em meu pesaroso coração.
Ele ainda estava aos cacos e mesmo assim teimava em bater.
Eu lhe pediria uma dor excruciante se de tudo dependesse tal feito.
Tudo estava pronto para se romper e se jogar em um abismo, eu não precisava sentir...
Mas o plano fracassou e agora olhamos o tempo passar como dois escravos de um jogo.
Jogo esse que trará a presença nefasta um do outro.