LEDO ENGANO

Mandei flores no teu aniversário

Em meu diário despejei minha emoção

Abri-me por inteiro nesta procura

Sonhei demais. Cadê teu coração?

Não é preciso mergulhar-me para ver

Quantos dos teus rios, formam meu oceano

Fugindo d'água, viajo por meus desertos

Faço retiros, saio de perto. É certo! Eu amo!

Quanto mais fujo do laço, mais me enrolo

Qualquer isca atrai-me à tua arapuca

Lembrar com saudades, teus afagos, teu colo,

Teu pensar, tua voz, teu molhado céu, tua gruta

Teu universo é sagrado, ainda que, tão maculado

Atraem-me tuas estrelas, teu arco-íris, teu céu

Diabético, por viciar-me lascivamente em teu gosto

Pensei ser açúcar. Mas, ledo engano, o meu. Era mel

Servi-te devoto, a fim de eternizar teus sorrisos

Estes portais infalíveis, chaves ao meu coração

Todavia, mil vezes, maldito seja o amor. Traidor!

Tristeza por demais, vida sem paz... Solidão.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 12/11/2015
Código do texto: T5446582
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