Coágulos dos Sonhos

Os olhos da alma transcendem

Fartura mutua e incandescente

Parece flutuar o desejo ardente

De ser complacente, vestígio da mente

Sereno, um azul obsceno

Cores que comtemplam o tormento

De nascer infeliz no fragmento

Da vida que não chega, confinamento

Nessa, outra brisa vai repousar

Que sonhos desaliem esse percurso

De um curso intransponível a cessar

Nas pontes dos medos, refluxo do mar

Perene, evidenciada conjuntura

Meu corpo em retalhos avessos

De amor fizeste-me a costura

De emoções esquecidas, loucuras

Complexa, metáforas da alma

Nada explícito, mas implícito no corpo

Sangue de cor cinzenta, sereno e calma

Coagulou meus sonhos, carregados no sopro

Dos ventos de presente tarde,

Inscrevo-me na morte, mistério proposto...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 11/11/2015
Código do texto: T5445378
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