Verborragias do poeta do olho morto

"Enlouqueço e fico mudo e é claro no escuro"

Eis um capricho profano escrito em um muro

Verso surrado do poeta mal-amado inspirado em Zaratrusta

São caminhos cruzados e amaldiçoados de algo que me frustra

O silêncio de minha alma é a única intimidade que tenho comigo

Todos precisam de abrigo do pior inimigo que podemos nos ser

de certa forma as dores que trazemos da vida se tornam um amigo

A gente ama o que dói e se reconstrói tentando viver

Somos surdos ao amor e cegos na paixão, sem olfato de cão

privados do sentido, do tato e do tino e até do sentir

Somos menos que humanos e estamos presos em tudo que é vão

Não mais nos chamam e logo vão embora, não têm mais por quem vir

Deadeye Poem
Enviado por Deadeye Poem em 08/11/2015
Reeditado em 10/11/2015
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