A Caminhada
Partirei para a estrada dos condenados
é lá que a alma do homem não se parte
todos unidos, distantes e desordenados
orientados para deste inteiro fazer parte.
Só carrego esta minha lucidez dormente
entrego-me pelas entrelinhas do acaso
sem a certeza de saber que diariamente
a violência da distância em cada ocaso.
E se for para viver o pretérito no presente
Ignorar o quão aquilo era de fato urgente
Caminharei desconhecendo tudo que sei.
E se for para viver algo que não se sente
Ignorar o quão estranho é o intermitente
Caminharei reconhecendo que nada sei.