Prece

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Prece

Perdoa-me, meu amor furtivo!

Tento revelar-me, mas não posso...

Sei que há dúvidas e sei que duvidas,

mas temo o amor que é nosso.

Por que nos servimos do medo,

se as alucinações do teu grito

despertam irrealidades,

desvendando nosso conflito?

Estou fraco – não deveria prosseguir.

Quero. – Verdade? Penso que sim.

Há descaminhos no caminho, calminha!

O medo – ele cheira – qual aroma de jasmim.

Perdoa-me, amor, eu imploro!

Meus joelhos dobram sem repicarem...

E os sons se confundem. – Medo ainda?

Não. Acalmei ao ordenar: sinos, parem!

Tu és a ventura destituída da errante

tirania que arde dentro de mim...

Esquivo-me, e a tortura,

– algoz dos covardes, sim! –

criva em meu peito o bastão.

Eu grito – a dor é imensa demais...

Ergo os olhos, joelhos ao chão.

Fortaleza-CE, 1º de dezembro de 2012.

18h52min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 02/11/2015
Código do texto: T5435598
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