DRÁCULA
Quando meu coração decidiu ficar só,
Sem portas ou janelas.
Sabendo que qualquer caminho tomado agora é o errado.
Às vezes, confesso que mereço a solidão.
Com o “Pequeno Príncipe” no bolso.
Pensando exaustivamente sobre a seguinte frase:
"O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração.”
O relógio na parede, parado há mais de meio século.
Ampulheta com areia que já transformou parte do vidro em sonhos e delírios...
Mesmo com as portas e janelas trancadas posso ver com o olhar do coração e da alma...
Tatear no escuro, e aos poucos sentir a beleza e vida em cada parede, cada detalhe e achar saídas.
O nascer do Sol
Saudades!
Enxergar realmente não é o que vemos, e sim o que sentimos,
Ver o mundo mudar na escuridão!
O silêncio sufoca, e observo as janelas,
Que pouco iluminam os espelhos quebrados, feito labirintos de vidro, que me aprisionam no tempo...
Ah, quem dera ver o Nascer do Sol,
Quebrar as janelas, e sentir o tempo, enfim pulsando, derretendo a ampulheta, iguais aos relógios de Dalí.
Realmente...
-Sinceramente quero me lembrar de você!
Assim como me lembro do último nascer do Sol!
Já que perdemos a eternidade!
Hoje temos somente a solidão!
Rafão Miranda e Vanice Zimerman
Este poema faz parte do livro "Vendem-se Canetas para escritores" editado pelo Instituto Memória -Curitiba-PR
Informações:
http://www.institutomemoria.com.br/pesquisa.asp