ESTRADA DE ESPINHOS
Hoje me levantei, ainda estava escuro,
Tentei contemplar o prazer da alvorada,
Mas me senti um ser frio e confuso,
E percebi que a realidade não é alada.
Olhei para mim e vi a contradição,
O dia estava a clarear, se iluminando,
E em meu interior estava a escuridão,
Que persistia, me torturando.
A minha frente vejo o caminho,
Tortuoso e encoberto pelo breu,
Estrada pavimentada de espinhos,
Dura e deserta como eu.
A penumbra adorna meus olhos cansados,
Queria chegar ao mar para chorar angustiante,
Tentando livrar-me de sofrimentos passados,
Carregados pelas ondas como algo insignificante.