AINDA TENTO SER

Não sei o que sou, ainda tento ser,

Aquele que um dia amou,

Aquele que um dia quis oferecer

Um coração aberto, mas colheu a dor.

Aquele que um dia viveu apaixonadamente,

Envolto em seu próprio coração

E se viu exilado em sua própria mente,

Com as chagas sangrando em decepção.

Ainda tento ser aquele que buscou a inocência,

Mas viu um mundo perdido em culpa e escuridão,

Um mundo que parece ter perdido a sua essência.

Ainda tento ser aquela criança pura,

Em meio à realidade melancólica,

De uma vida pesada e dura.

Ainda tento ser aquele que se

Enveredou nas trilhas da paixão,

Mas encontrou-se só, na companhia da solidão.

Enfim, ainda tento ser,

Aquele que acredita na esperança,

Que anda por metrópoles e sertões,

Procurando os seres de puros corações.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 31/10/2015
Código do texto: T5433265
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.