AINDA TENTO SER
Não sei o que sou, ainda tento ser,
Aquele que um dia amou,
Aquele que um dia quis oferecer
Um coração aberto, mas colheu a dor.
Aquele que um dia viveu apaixonadamente,
Envolto em seu próprio coração
E se viu exilado em sua própria mente,
Com as chagas sangrando em decepção.
Ainda tento ser aquele que buscou a inocência,
Mas viu um mundo perdido em culpa e escuridão,
Um mundo que parece ter perdido a sua essência.
Ainda tento ser aquela criança pura,
Em meio à realidade melancólica,
De uma vida pesada e dura.
Ainda tento ser aquele que se
Enveredou nas trilhas da paixão,
Mas encontrou-se só, na companhia da solidão.
Enfim, ainda tento ser,
Aquele que acredita na esperança,
Que anda por metrópoles e sertões,
Procurando os seres de puros corações.