SOLTO AS ESPERANÇAS E AS GAIOLAS FORAM ESQUECIDAS
ONTEM FUI A ATORMENTADA VIÚVA DE UM MOMENTO ÚNICO
E AGORA SOU DAMA SEM ASPECTOS E DESERTORA INDIGNA
LIVREI-ME DOS SONHOS ADORNADOS, MENTIRAS VOLANTES
UM TANTO DE MIM SE RECURVA NO ALENTO QUE ASSOPRA!
JATOS ENEVOADOS DE AR COMO O VENTO ME ATORMENTA
POUCO DE MIM ESTÁ EM FASE DE PERDIÇÃO PELO PECADO
TENTAR SER A VITORIOSA LIBERTADORA DE MÁ ESPERANÇA
REVENDO O ATO INJUSTO PERMANEÇO ATORDOADA ASSIM
ALGUEM QUE ME VÊ ASSUME QUE SOU A DESTINADA VAZIA!
UM ECO DE CONDIÇÕES REVERBERAM AS MIL INVERDADES
ONDE O QUE SOU PERMANECEREI MUDA POR DESENCANTO
LÁ NA DISTANTE ENFERMIDADE DO MUNDO SEREI POETISA
OCULTA NA ORIENTAÇÃO DE OUTROS QUE ME QUEREM SÓ!
FAÇANHA TAL QUE ME TRANSTORNA O ENGENHO REDIMIDO
POR LONGO TEMPO FIQUEI NUM ASSOMBRO DOS MUNDOS
A FACE DIANTE DAS ESTRELAS, CONJURANDO MINHA ALMA
iNERTE BARGANHA DA VISTA QUE ALCANÇA O TUDO E NADA
ENTREGUE QUE ESTOU AOS VEIOS DE OURO NEGRO FERIDO
NO ESPAÇO SEM ALTURA, SEM PESO, ENVOLTA AO TREVOSO
NO LADO DE FORA, O ESPELHO, O VIDRO DE HERMÉTICO DIA
A OUTRA NOITE QUE DAS ESTRELAS SÓ BRILHA AS PÉROLAS
INACESSÍVEIS ROMPANTES DA MÍSTICA ESTELAR REVOLTAM
E EU SOLITÁRIA MAQUINADA TENTEI SER MAIS HUMANIDADE
AO MAIS ALTO ACIMA DE MINHAS APOSTAS CEDO AO AMOR
OUTROS QUE ESPERAM NA VOZ DO SILÊNCIO ESTE NEGRUME
SOMENTE ME OBSERVAM NAS MATIZES ROSADAS DA TERRA
UM HORIZONTE QUE PARA SEMPRE DESABA PROPRIEDADES
MINHA CERTEZA FRIA É AQUECIDA NOS ESCOMBROS RUDES
FRIEZA DO LADO EXTERNO DE MINHA FEMININA DIGNNIDADE
E NESSA AFIRMAÇÃO ESPÚRIA E TERRENAL ENGANAREI A TODOS...