Jardineiro
Sou Jardineiro de profissão,
Um regador em cada mão,
Um quase vazio e outro transbordando,
O equilíbrio não estou encontrando.
O quase vazio é meu ganha pão
Trabalha empenhado verão a verão
Nunca descansa, está sempre regando
Não sobra uma gota, vive esvaziando.
O que transborda é meu coração,
derrama lágrimas de solidão.
Um labirinto de espinhos me embarreirando,
Não alcança as flores, quase entornando.
As flores são minha inspiração,
Quero regá-las e busco a solução.
Luto a cada dia e sigo me doando,
Para ver florescendo onde for passando.