O GRITO - POEMA POLIMÉTRICO DO CAOS
Mãezinha, me abortaste?
Bendita sejas tu, mãezinha,
Que me privaste
Da dor de ter a minha
Própria vidinha triste e ser um traste.
Possas tu hoje
(Como quem foge
Da própria consciência)
Fugir também, mamãe, dessa demência.
Possas tu amanhã
Com redobrado afã
Nutrir teu ventre nove meses
E dar ao filho teu mais do que às vezes
Se dá.
—Olá.