A Musa do Poeta

A Lua é a musa do poeta

Mas, a sua fiel companheira se chama Solidão.

A Lua é a dama do sonho deste cavalheiro.

Ela vem à noite de mansinho,

Feitiça ele com carinho,

E quando ela não aparece;

Ele dorme com saudade da sua bela.

A Solidão nunca lhe abandona.

Permanece quando todos vão embora,

Está na sua mão agora e toda hora,

Ela é persistente, não desaparece;

Ele só encontra a paz quando foge dela.

A Lua é complicada,

De tempo em tempo muda o seu semblante.

A Solidão sempre estável;

Tão sem graça, que nem sabe ser amante.

É a Lua, divina e perigosa,

A musa deste pobre poeta,

Cheio de ilusão.

Porém sua companheira,

Aquela amargosa;

Sempre será a Solidão.