O Menino e o Espelho

Vivia realmente só,

então comprei um espelho,

que amenizou o que era pior,

refletia do meu rosto ao joelho.

Em ato de devaneio,

triste, eu conversava com o meu próprio reflexo,

era com estar meio a um tiroteio,

meu espírito estava perplexo.

Mas por outro lado,

era como se alguém pudesse me ouvir,

a solidão estava condenado,

"mas tinha dois de mim aqui."

Mas o meu espelho com bordas pretas,

me ensinou bastante da vida,

aprendi a me amar e tirar meus pensamentos da gaveta,

pois somente eu estaria comigo até na despedida.

O menino e o espelho,

isso até parece um conto de sucesso,

hoje a felicidade me assemelho,

converso comigo mesmo, tomando um café expresso.

Quando o nosso eu interior se torna forte,

quando nos amamos de verdade,

a tristeza da vida não morde,

uma inquestionável verdade.

"Se posso aconselhar alguém,

se ame sem amanhã,

se auto deseje alegria como a alma deseja o além,

se deseje como a Eva desejou a maçã."

Ricardo Letchenbohmer
Enviado por Ricardo Letchenbohmer em 01/09/2015
Reeditado em 01/09/2015
Código do texto: T5366877
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