Vate!
Tarde de inverno, o sol morno.
A vida, passando não espera...
Tudo em mim é fulgor - forno.
Minha alma cativa te espera!
Meu sangue ferve, o coração acelera...
Parece fogo, numa atmosfera!
Excitação - enlevo toca n’ alma de vate!
Em arroubos, desejos num combate...
Entre devaneios e suspiros.
Tudo, tudo pensamentos, - o amor,
Gemidos, abraços, carinhos...
Envolto de beijos sem pudor!
O sol se vai, com ele os anseios fugidios...
Fantasias acordando dos sonhos -, do ímpeto,
Amor e lascívia – desejos dissipados em soslaios.
O pulsar se entristece e a alma padece por completa!