TRISTE ALGOZ

Nas angústias do destino, sinto-me perdido,

Vagando confuso por tristes caminhos,

Sigo pelas estradas secas do sertão, desiludido,

Contemplando o triste presente, sem a Rosa e sem carinho.

Triste, observo o meu jardim seco e sem flor.

À noite as estrelas não mais me consolam,

Elas parecem gotas de lágrimas adornando a minha dor.

E assim, sigo, com os perdidos que choram.

Não vejo mais a alegria da alvorada,

Só percebo a tortura de seguir por dura estrada,

Ao lado dela, solidão, companheira fiel.

O meu ser é torturado, como se mastigasse pimentas e espinhos.

Aprisionado pelo duro algoz, o triste destino,

Caminho pela dura realidade, amarga como o fel.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 25/08/2015
Código do texto: T5358425
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