Não tenho amôr, amores, desatinos, etc



Sou botão de rosa, pétalas que carrego, átomo solitário
Uma dessas que perdeu a flotilha dos encargos do amor

Vivo a engrandecer o ar que respiro, a vontade querida
Um todo que preencho com folhas e espinhos só meus...

Alguém ao longe atreveu, entornei seu coração contido
E em algum lugar errou de ser o mais amante de todos

E estarei solitária, ao espargir juras antigas, ao esperar
Querendo amar, incerto e perdido, cada alma requerida

Sempre na ante-sala das pretéritas vontades ou isolada
Ai, como dói a incerteza, no vazio, no caos de meu sono

        

E sonharei jogada aos pés do desapego de quem perde!
Ai, com é doloroso este peito que não bate e nunca ama

E quando dessa felicidade? O tanto que predestina-me?
Ai, como sou a ferida, a dôr, aquela insólita que treme...
 
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 21/08/2015
Código do texto: T5354126
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