Desperdício
Que desperdício
Ver a vida sufocada
Entre o ontem que não passa
Cercado de triste agonia
Embaçado de angustia
Que embaraça a rotina
Entre amareladas cortinas.
Que sacrifício
Ver morrer a cor na estrada
Respirar o ar do nada
No fel que as entranhas destila
Ser ator de um espetáculo
De um público indiferente
Pleno de rostos descrentes.
Que triste vício
Esta busca desvairada
Teimosia desenfreada
Marcada de insana insistência
Que dê ao errante a clemência
Contorno de luz à esperança
Sincronia à tantas danças.
Que eterno suplício
O silêncio das madrugadas
O ocre das rosas tisnadas
Novelos que o tempo arrasta
Nas intermináveis novenas
Rabiscadas de lembranças
Sob o som das cantilenas.
Ana Stoppa
Que desperdício
Ver a vida sufocada
Entre o ontem que não passa
Cercado de triste agonia
Embaçado de angustia
Que embaraça a rotina
Entre amareladas cortinas.
Que sacrifício
Ver morrer a cor na estrada
Respirar o ar do nada
No fel que as entranhas destila
Ser ator de um espetáculo
De um público indiferente
Pleno de rostos descrentes.
Que triste vício
Esta busca desvairada
Teimosia desenfreada
Marcada de insana insistência
Que dê ao errante a clemência
Contorno de luz à esperança
Sincronia à tantas danças.
Que eterno suplício
O silêncio das madrugadas
O ocre das rosas tisnadas
Novelos que o tempo arrasta
Nas intermináveis novenas
Rabiscadas de lembranças
Sob o som das cantilenas.
Ana Stoppa