O DEIXADO

Não que queira,

Mas chorei em seu retrato

Depois fugi pro meu quarto

E teus bens doei a lareira.

Olhando a fogueira,

Tão veloz, incerto e fadigado

Bebi, tal quem fora envenenado,

Caindo ao chão, juntei poeira...

A tal espalhei ao vento

Rasgando na mente as lembranças

Cambaleei-me desalento

Mas quisera eu, deixado ao sofrimento,

Levantar por enfeitada esperança

E ser afagado por teu contentamento.

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 20/08/2015
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