Narciso
A minha vida pode ser compreendida
Olhando para trás..., Outrora..., Quimeras.
Mas não consigo olhar para frente para ser vivida!
Quanta gente contente não teme de outras eras.
Cabisbaixas – minhas lágrimas desenham...
Uma aquarela, não tem cor e nem primavera.
São imagens distorcidas não sei - peço que venham!
Quero recomeçar, mas no que quero traçar só me veem feras.
Ah, vento frio, solidão invade-me assim. A esperança se esvai...
Nas águas, sem demora..., Põe - me tremula jaz medo – tristeza!
Numa alma fecunda navegando num leito vazio à deriva – vai, vai...
Antes tal qual Narciso, tudo era encanto – agora cadê beleza?