Luz

Rio e sinto medo

É cada vez mais tarde

Mas eu ainda espero

O frio no escuro é mais forte

Ascendo duas velas e caminho sem parar

Ao olhar para baixo não vejo ninguém

Nunca há

Não existe lugar mais profundo

Uma vela a esquentar minhas mãos

Para que eu não morra

Outra a permitir que eu veja a mim mesmo

Para que eu saiba que não estou morto

Mergulho meu lápis em um poema

E continuo esperando

Marcus Mota
Enviado por Marcus Mota em 19/08/2015
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