Eli, Eli, Lamá Sabactani?
Minha garganta reluta na caverna sem eco.
Baseado no meu “logo”,
Dia a dia dialogo,
Com um boneco.
No teto dessa Capela Sistina,
Teu dedo não toca o meu.
Neblina, só neblina!
No céu de Cláudio Ptolomeu.
Nem mula aconselha,
Não há tarde vermelha...
Prenunciando sol.
Quando a carne cede,
A alma pede...
Proponol.
Continuo com medo,
Um passaredo...
De dúvidas grasna em meus ouvidos.
Sem ajuda não posso,
Chove pedras em meus ossos...
De vidro.
O sorte!
Sem norte...
Ou dono, tipo um cão.
Desde 1990,
Espero...
Naquele portão.
Está perto da hora nona,
Peço, entenda meu idioma...
Perdoe o vexame:
Eli, Eli,
Lamá Sabactani?