SOLIDÃO
Somos a soma dos desejos;
Esquecer a agonia da distância
Sua voz tenta me abraçar,
A Mercê das cores no caminho.
Sentir no peito, o palpitar do seu coração;
Uma parte nobre de meu ser,
Festivo abraço, devorado pelo medo...
Medos e dedos descobre segredos;
Enigma misterioso.
Quando caminho com a solidão;
Sofro cicatrizes e tombos.
Sou aquela insana que quer seu corpo;
Você é a imagem da areia, das águas do mar,
Ofuscando luzes aos lados a mostrar.
Um choro engolido,
Como ouvir uma sinfonia;
Eu, sem água, sozinha e sem flor.
Caro Poeta, Nilson Sena. Interagir
Receba de mim uma abstrata flor.
Colhida no jardim da Solidão;
Junto vai o meu desejo, que saiba afastar
Essa companheira.
Que somente nos leva as trevas. Em meio a multidão.