SINTO
Apenas sinto,
Não nada muito forte ou embebido em álcool mas sinto,
Um frio latente na espinha me diz que estou viva ou sobrevivendo neste mundo cão coberto de possibilidades egoístas e egocêntricas da soberba exasperada.
Porém sinto,
Nada que realmente eu possa exprimir em palavras rimadas ou com fonéticas preparadas para a alcova das entranhas de qualquer um que tente entender minha real forma.
Mais que isto eu sinto,
Latente e tácito tudo que se move milimetricamente a minha volta independente a minha vontade então não há fatos nem argumentos sobre o fato de não querer sentir o que sinto.
Não havendo o que fazer, apenas recolho-me.
Não por covardia, mas sim porque sufoca-me a alma e dilacera o peito.
Mesmo fingindo o estado de recolhimento sou obrigada a vomitar o que me grita aos ouvidos.
Sinto.
Alma das Rosas