Sem Nome
Quando as emoções invadem,
Ela não encontra razão,
Tudo parece intenso, intensa ilusão.
Ela e os outros...
Os outros, os estranhos,
As estranhas sensações
E as caras e abusadas,
Perigosas intenções.
Num êxtase ilusório,
De pulsação excessiva,
Num gesto contraditório,
Ela abre assim a ferida
Que aumenta lívida,
E da noite se alimenta,
Mas nada preenche
E nem acalenta...
A dor rasga, se alastra.
Que nem serpente
Numa selva de vermelhos,
Que nem rachadura
Num falso espelho.
A dor afaga, com a candura
De uma verdadeira paixão,
Perdida numa vida
Inteira de solidão.